15 de set. de 2013

GETÚLIO VARGAS

Em 24 de agosto de 1954, o Brasil parou com a notícia do suicídio do presidente Getúlio Vargas, que adotou a medida extrema para não ser deposto do cargo em razão de campanha oposicionista orquestrada pelo jornalista e deputado Carlos Lacerda. Getúlio que havia comandado o Brasil durante o período chamado Estado Novo, verdadeira ditadura civil onde os direitos fundamentais do ser humano não eram respeitados, fazendo com que o jurista Sobral Pinto avocasse o Estatuto de Proteção aos animais na defesa que realizou do líder comunista Luis Carlos Prestes e que contra a vontade da grande maioria dos brasileiros, entregou a Alemanha nazista, Olga Benário Prestes que estava grávida de Anita Leocádia, a primeira filha de Prestes. Anita nasceu em um campo de concentração nazista e sua mãe, Olga executada na câmara de gás.  Getulio voltou ao poder central em 1950, com nova roupagem e em sua campanha eleitoral, contou com o apoio  de Prestes, e de grande parte do eleitorado brasileiro. Se durante o Estado Novo, mandava prender e torturar lideranças populares, no segundo aproximou-se da classe trabalhadora, e começou a colocar em pratica leis que encontravam-se esquecidas no Palácio do Catete. A Consolidação das Leis do Trabalho, a conhecida CLT, criada por ele no início dos anos 40, foi uma das molas propulsoras de seu novo governo e como era uma figura carismática, começou a ser chamado de “pai dos pobres”. Getúlio conseguiu um verdadeiro milagre, fazendo com que a grande maioria da população brasileira esquecesse do Estado Novo e começasse a admirá-lo como verdadeiro estadista. Naquela época, o Brasil não possuía o instituto da reeleição e se este existisse, com certeza, para desespero de seus opositores, seria reeleito tranquilamente com o voto de ampla maioria de nossa população. Getúlio entrou para a história com um dos principais estadistas do país e de seu algoz, aquele que o criticava asperamente, acabando por levá-lo ao suicídio, pouco gente se lembra.

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