15 de set. de 2013

GREVE NO TRANSPORTE ESCOLAR

O dia de  ontem foi de tumulto para os alunos da rede municipal e estadual de ensino, além da consequente falta as aulas, em decorrência da greve deflagrada pelos funcionários da empresa Brambilla, em busca de melhorias salariais, prêmios e vale alimentação. Quatro mil e seiscentos alunos que deveriam ser transportados acabaram ficando em casa, pois apenas 10 ônibus dos 75 que circulam diariamente, trafegaram no dia de ontem dando preferência aos alunos da zona rural. Segundo o presidente do SINDTRAN, senhor José Rodrigues, as negociações tiveram inicio em 18 de abril, e nunca as propostas da empresa chegavam próximo as solicitações dos funcionários e a questão era sempre tratada de forma informal, nunca oficialmente. Motoristas ganham R$ 1.344,50 para uma jornada de 44 horas semanais e as monitoras R$ 678,00 para a mesma carga horária, muito abaixo do salário mínimo estadual.A greve somente terminou depois que a empresa ajuizou ação e a Justiça expediu uma liminar para que a rua Carlos Bley Filho, onde fica a sede da empresa no Jardim Guadalajara fosse desobstruída e que os ônibus voltassem a circular. No final do dia de ontem, finalmente foi realizado acordo entre o Sindicato e a empresa, ficando definido que os motoristas terão reajuste de 8,5% e um vale alimentação no valor de R$ 100,00. Já as monitoras, o salário subiu para R$ 755,00, com o compromisso de se igualar ao mínimo estadual em janeiro, além de um vale alimentação de R$ 50,00.Durante o dia de ontem, a empresa registrou no Plantão Policial três ocorrências, alegando furto de pneus em suas dependências.
A greve continua sendo um instrumento legal de lutas da classe trabalhadora em busca do reconhecimento de seus direitos, principalmente quando a classe patronal recusa o entendimento e o dialogo em busca de solução para os litígios. Em greve de transporte, deveria ser aplicado o velho ditado popular de que seu direito termina quando começa o meu. Afinal, deixar de circular ônibus de forma intempestiva, sem prévio aviso, como determina a legislação, não colaboram em nada para o fortalecimento da classe trabalhadora na busca de seus direitos, mesmo que seja o absurdo de se conseguir o recebimento de ao menos o salário mínimo.

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